DISCURSOS GASTRONÔMICOS E MACARRÔNICOS

sexta-feira, 20 de março de 2009

Arroz de carreteiro é como minestrone

Esses são exemplos clássicos de “pratos do dia seguinte”. Arroz de carreteiro não é mais propriedade gaúcha assim como minestrone deixou de ser há muito tempo uma sopa tipicamente italiana.
A sopa é feita com os legumes que estiverem à disposição em casa: cenoura, abobrinha, batata, mandioquinha, chuchu. O caldo pode ser de carne, feito das aparas de uma alcatra, ou de galinha, cozinhando a carcaça do peito. Como complemento você pode usar folhas de alho-poró, de salsão ou cheiro verde para encorpar o sabor da minestra. E ainda acrescentar macarrão cabelinho de anjo ou as sobras do feijão do almoço. Seja qual for a mistura que vai ao fogo, tanto faz. De qualquer jeito, depois de salgar a sopa quente, seu estômago será abraçado e confortado da mesma maneira.
O carreteiro começa com as sobras de um churrasco. Mas você pode fazer um carreteiro sem precisar fazer o churrasco. E se a vontade bater à sua porta, de repente, às nove da noite? O negócio é provocar um cheiro danado de bom que vá bater na porta do vizinho! Basta escolher a panela e as combinações para um espaçoso e suculento refogado:
Azeite ou óleo, banha ou bacon, cebola, alho, tomate picado, cheiro verde, louro, pernil desfiado, lingüiça calabresa ou paio, linguiçinha de porco, carne seca ou de charque, carnes defumadas ou churrascadas e desfiadas, pimenta vermelha e finalmente o arroz, seguido de água ou caldo de carne. Há quem ainda acrescente pimenta-do-reino, noz moscada, alecrim fresco, pimentão ou coentro. Ou tudo!

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