DISCURSOS GASTRONÔMICOS E MACARRÔNICOS

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O alimento que descia dos céus

Não me refiro ao filme Tá chovendo Hambúrguer, em que um cientista maluco provoca chuvas de sopa ou nevascas de purê de batatas, mas à crença dos hebreus durante os quarenta anos de peregrinação pelo deserto.
O maná, conforme descreve o livro de Êxodo, e quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra, era nada mais, nada menos, que gotículas de seiva que brota da árvore do tamarisco, existente até os dias de hoje. Segundo os botânicos, esta seiva condensa durante a noite fria e, ressecada, cai ao solo em forma de pequeninas pérolas adocicadas.
Ao que parece na história do Antigo Testamento, o maná era transportado pelos ventos e chegava em forma de chuva, por isso também era chamado de pão que Deus enviava dos céus.
O livro de Números aguça ainda mais minha curiosidade: e era o maná como semente de coentro, e sua cor como a cor de bdélio. Espalhava-se o povo, e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como sabor de azeite fresco. E, quando o orvalho descia, de noite, sobre o arraial, o maná descia sobre ele. E eu aqui daria tudo para experimentar essa proeza divina.

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