DISCURSOS GASTRONÔMICOS E MACARRÔNICOS

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pasteis de feira

Até quem tem sangue azul aprecia um pastel de barraquinha. Talvez os de sangue azul cintilante nunca tenham pisado numa feira. Não sabem o que perdem. O cheiro quente dos pastéis nos agarra pelo pescoço como cabo de guarda-chuva sem piedade nem dó e o pior é que são irreproduzíveis em casa. Não tem o mesmo gosto, nem a mesma crocância, nem nada. E aquele vinagretinho caseiro que acompanha? Aí mesmo que eu queria chegar. Na verdade não existe coisa mais anti-higiênica. E não tenho razão? Todo mundo enfia a colher dentro do seu pastel mordido e depois coloca no vinagrete de volta. O freguês do lado faz a mesma coisa. Fazer o quê? Vista grossa ou pastel sem emoção.

3 comentários:

Cruela Veneno da Silva disse...

o segredo está na gordura amiga....

e eu não como o vinagrete... não por frescura, gosto do meu pastel puro e simples.

mas limpo a boca no guardanapo que só jesus sabe a condição da mão de quem dobrou.

como diria meu pai: o que não mata engorda.

e que venham os 65 k

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anita disse...

Regina, nunca vi vinagrete ser oferecido por vendedor de pastel. Deve ser algo mais de SP ou eu sou mesmo muito distraída por nunca ter visto. Mas estou ha dias pensando nesse lance da colherzinha publica, não consegui esquecer. Serio mesmo ? Esse povo depois não sabe porque pega gripes e diarreias...

Regina Bui disse...

Anita,
em São Paulo, de fato, não existe barraca de pastel sem o vinagrete. E quem leva pastel pra viagem leva também um potinho fechado com o molhinho, alguns com cheiro verde, outros com coentro fresco.