DISCURSOS GASTRONÔMICOS E MACARRÔNICOS

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fome de novo. E de novo. E de novo.


De repente, na frente da TV, às onze da noite, aquela vontade de comer um saco de castanhas de caju. Ou, às quatro e meia da tarde, as fritas do Mc Donald’s. Às dez da manhã um misto quente. Bem quente. No domingo cedo, a pizza do sábado à noite. E no sábado à tarde, milho verde cozido com manteiga e sal. No café da manhã, café com pão francês e água de côco gelada. Talvez presunto. No almoço, comida saborosa com muito azeite ou molho caseiro. E com cheiro de coisa assada. No jantar, comida quente com gosto de queijo. Hummmm...
Forrar o estômago com prazer é tarefa difícil. É sofrido. Estamos sempre à mercê da fome ou dos prazeres do paladar (em minha modesta opinião, é ele quem manda 99% das vezes - e sobrepõe a fome).
Feliz de quem pode. E quem não pode, pede. Pede moedas, restos, sobras, aparas, migalhas, balas, bitucas de cigarro, água de mangueira, lixo, qualquer coisa que possa entrar pela boca, direta ou indiretamente.
“Moça, tem alguma coisa? Preciso comprar leite pro meu neném...”
De repente, na frente da TV, às onze da noite, aquela vontade de comer um saco de castanhas de caju. Ou, às quatro e meia da tarde, as fritas do Mc Donald’s. Às dez da manhã...

Etc.


Foto: Regina Bui

Um comentário:

Ita Andrade disse...

Deus inventou o alimento e o diabo o condimento.
Adoro passar por aqui.
Te deixo beijinho e um cheirinho de alecrim