DISCURSOS GASTRONÔMICOS E MACARRÔNICOS

segunda-feira, 22 de março de 2010

Um carneiro chamado Pulôver

Pela primeira vez na vida ajudei a tosquiar um carneiro, o Pulôver. Foi emocionante a aventura, tão longe de minha realidade. Logo na semana que antecede meu aniversário, me encontro renovando uma capa encardida e velha (fazia mais de um ano que o Pulôver não era tosquiado), do animal que me representa no zodíaco.
Um verdadeiro alívio, tanto para mim quanto para ele, arrancar com um tesourão o casaco grosso e pesado que o enchia de calor. E depois, ele ficou muito mais jovem. O contato com um animalzinho desses, que não vemos assim em qualquer lugar e a todo momento, é de apertar o coração de alegria. Geralmente alegria não faz com que o coração fique apertado, mas acho que o leitor entendeu o que eu quis dizer.
No mínimo, explorei as sutilezas da lã bruta e macia, cruzei o olhar indefeso do bichinho assustado, conheci um outro cheiro daquele que estou acostumada em minha cozinha. Oh, céus! O inventor das emoções compartilha delas conosco? Ao mesmo tempo que acho que não deveria ter sentido o Pulôver tão de perto, fiquei imensamente grata pelo que considerei ser um presente de aniversário, tão fofa - literalmente -experiência.
Vida longa à mim e ao Pulôver – e à ovelhinha negra que pulava no meio do seu bandinho!

2 comentários:

Ita Andrade disse...

Só mesmo uma alma como a sua para escrever um texto fofo como este, obrigada!

Regina Bui disse...

Acho que o Roberto é uma espécie de Pulôver humano! aahahah